quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Franz Boas, o método Histórico Cultural

Franz Boas, fundador da tradição da Antropologia Cultural americana, define seu método a partir da noção de cultura, inspirada no romantismo alemão. Para ele, as culturas eram ao mesmo tempo unidades naturais, delimitáveis e que podiam ser apreendidas empiricamente, como eram também a manifestação do espírito de um povo.

Bibliografia obrigatória

Stocking, (org), 2004. “Introdução, Os presupostos básicos da Antropologia de Boas (pp 15-38)”. Franz Boas, A formação da Antropologia Americana. Rio de Janeiro: Contraponto, Editora UFRJ.

Boas, F. “As Limitações do método comparativo da antropologia (1896)” In Castro, Celso (org.), 2004. Franz Boas, Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Boas, F. “Os métodos da etnologia (1920)”. In Castro, Celso (org.), 2004. Franz Boas, Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.



Franz Boas


Boas realizou seu primeiro trabalho de campo com os Inuit (esquimó). Depois de instalado nos Estados Unidos, realizou trabalho de campo junto ao Kwakiutl, sociedade indígena da costa Noroeste dos Estados Unidos. O potlach, grande ritual de apresentação das máscaras ancestrais e de dádivas que envolvem a todo o grupo, em um desafio intertribal. O potlach, registrado magistralmente por Boas, está na base da explicação da dádiva como origem do vínculo social, desenvolvida por Marcel Mauss.

Clipe com danças Kwakiutl de 1951








Margared Mead
Filme da BBC sobre Margared Mead, uma das mais destacadas discípulas de Boas. Como autora seus livros foram um êxito de vendas e contribuíram para imprimir à antropologia americana caráter de crítica cultural. Seu relato sobre a liberdade sexual das adolescentes em Samoa se apresentou como um argumento eficaz para o movimento feminista americano. Uma época em que a liberdade sexual na América tinha a pílula anticoncepcional e a abolição dos soutiens como principais bandeiras. A antropologia americana começa a entrelaçar-se com os movimentos sociais: o movimento feminista, o movimento negro, movimento indígenas e outras minorias.



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