quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A tradição Britânica de Antropologia Social

Com a Expedição ao Estreito de Torres a antropologia britânica realiza uma saudável guinada empírica. Haddon, organizador da expedição, introduz a fotografia e o cinema no registro etnográfico, Rivers, com o método genealógico  visibiliza as redes de relações sociais que ordenavam estas sociedades "primitivas", Seligman se concentra nos intercâmbios comerciais nestas culturas tradicionais.

Rivers, 1969, “ O método genealógico” in Laraia (org) Organização Social. Rio de Janeiro: Zahar.
Tradição Britânica - Expedição ao Estreito de Torres



Os anos dourados da antropologia social britânica estiveram marcados pela presença de dois grandes referentes: Radcliffe-Brown e Malinowksi. O primeiro deles com a idéia da antropologia como uma ciência natural das sociedades e o segundo com o trabalho de campo e a observação participante como requisitos para a moderna antropologia. A partir da tensão entre estes dois autores floresceu a antropologia social britânica, com sua ênfase empírica.

Radcliffe-Brown, com uma perspectiva empirista enfatiza a estrutura social como a "rede de relações sociais realmente existentes". Na perspectiva de Radliffe-Brown, que tinha trabalhado com grupos austrialanos, esta rede de relações sociais estava dada pelas relações de parentesco, que podíam ser visibilizadas com o método genealógico de Rivers. Esta definição de estrutura social como rede será posteriormente explorado pela escola de Manchester, em particular pelos trabalhos de Mayer e Barnes, com seus análise de redes de relações sociais e a aplicação deste método no análise de processos políticos.


Radcliffe Brown A. R. 1973. “Sobre a Estrutura Social” Estrutura e Função na sociedade primitiva. Petrópolis: Editora Vozes





Os Anos Dourados Radcliffe-Brown

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